"I'm drowning, Tommy."

Não sei se isso é defeito, ou mesmo uma coisa chata, mas sempre que eu vou ver um filme, eu quero saber do elenco, porque é sempre melhor ver um Gary Oldman, uma Susan Sarandom ou um Jean Reno na tela do que ver alguma coisa com a Sarah Jessica Parker (a menos que seja um episódio de South Park) ou com o Channing Tatum, ou qualquer outro "moderno", desses atores que fazem filmes ruins mas são bonitinhos. Poucas, acredito, são as exceções: aqueles caras que são ruins e ficam bons, ou mesmo saem dos seus papéis eternos. Caso esse seria Christopher Reeve, o Super-Homem, ou mais recentemente Tobey Maguire, o espetacular Homem-Aranha. Ou pelo menos era. 

Ao ver Entre Irmãos, filme do ano passado que só esse acho chegou aqui, eu não conseguia ver mais o Homem-Aranha, mas um personagem compltamente diferente, chamado Sam Cahill. Claro, eu não estou dizendo que Tobey é tão inossosso quanto metade desses atores de filmes blé, como os tantos filmes de terror com galãs e mocinhas gostosas que morrem, mas ele é o Homem-Aranha, pô. Alguém consegue ver o Daniel Radcliffe e pensar em outro personagem que não o Harry Potter, ou o mais recente galã Robert Pattinson, que está a caminho de ser Edward pra sempre, ainda que fedido? Acho que é mais ou menos o caso da Gabriela Duarte no Brasil, que está quase cristalizada como heroína de novela das 8, ou o José Mayer, comedor. Sai personagem, entra personagem, a gente ainda vê o que marcou. Harrison Ford deu sorte, porque não dá pra ser Indiana Jones e Han Solo ao mesmo tempo, então ele pode ser o Harrison Ford.

Mas, voltando ao filme, Entre Irmãos, como me disseram antes, é o filme do Tobey Maguire, e olha que a Natalie  (L) Portman tá lá com ele, e o Jake "Cowboy Viado" Gyllehaal também, num papel muito bom, mas ainda... dele. Mas o Tobey... nem dá pra lembrar que ele foi/é o Homem-Aranha, ou mesmo um jóquei ou cria de um orfanato do Michael Cane. Não consegui fazer uma coisa que eu sempre faço, de ficar imaginando como seria se outro personagem estivesse no lugar dele no filme, como foi com o Hugo Weaving (o Agente Smith de Matrix, que eu ficava imaginnando como tal em O Senhor dos Anéis, em vez daquele elfo mané do primeiro filme que quebra tudo no último). Sam Cahill é um personagem tão bem construído e interpretado que não tem nada de outros personagens, não tem confusão (quer dizer, na cabeça dele tem). E mérito de Tobey Maguire, especialmente.

Além disso, esse filme é do tipo que me faz ter um quê de "nhé", porque... bom, porque eu sou filho único. É comovente (e daí são pontos não só pro Maguire, mas pro Gyllehall também) ver como podem ser irmãos uns com os outros, sem cair naquela merda piegas de sempre, sendo que o filme tem várias chances para isso. Ele se sustenta graças ao elenco (sempre gostei muito do Sam Shepard, o pai dos rapazes) e a uma edição bem boa, as passagens entre EUA e Afeganistão acontecem nas horas certas, e não ficam se arrastando. A fala do título é tão bem colocada, numa cena tensa e bonita, e eu vejo ela como o ponto alto tanto da relação dos irmãos quanto da relação dos três protagonistas, e foi quando me veio aquela coisa de ser filho único.

Mas, viajadas pessoais à parte, eu fiquei com uma coisa engraçada, pelo menos com relação ao Tobey Maguire: será que quando eu ver o próximo Homem-Aranha (espero que logo), eu vou querer ver as caras de louco de Sam Cahill em vez de ficar imaginando Peter Parker preso no Afeganistão? Isso é uma mudança e tanto, ainda mais por lembrar como eu saí do cinema quando vi o segundo filme do aracnídeo.
2 Responses
  1. Este comentário foi removido pelo autor.

  2. Maah Says:

    aaaaaaah n sei se meu comentário foi kkkk foi um com o endereço do meu outro blog, aquele que eu fiz e nem lembro mais a senha Deeeels! como eu sou confusa!

    Enfim eu só disse que Jean Reno é o Cara ;D
    Jo Soy La Equipe rulees kkkkk
    e disse tbm q eu n li tudo por priguiça..comolidar?
    da próxima faço um comentário menos FAAAIL kkkkk veremos/