"You've blown out my light."

Philip Seymour Hoffman é um baita ator, isso não deveria ser novidade pra ninguém que gosta de cinema. Capote, apesar de ser um filme relativamente fraco, se mantém nas costas dele, numa atuação de dar medo, especialmente quando se compara o ator ao escritor, nas filmagens reais. Meu primeiro contato consciente com ele foi em Quase Famosos, como Lester Banggs, e já assustava, eu sou fã do filme, pé direito. Mas hoje ele me surpreendeu.

Maryl Streep está mais velha, fato, e sabe encarnar uma megera como poucos, porque no fim das contas você se pega não odiando a personagem dela, como em O Diabo Veste Prada, que foi meio nhé. Mas eu ainda me lembro dela novinha em A Casa dos Espíritos, ou em Adaptação, e suspiro, até porque ou ela me fez gostar mais ainda do filme, ou o filme me fez cair de vez por ela. Mas não é um caso de MILF, é diferente.

Os dois juntos em Dúvida, bem bom, que eu fui ver hoje, enchem os olhos, especialmente quando você tira os outros da cena que, coitados, ficam quase que como empecilhos, sem tirar os méritos de Amy Adams, super bem no filme também. As duas cenas dos dois na sala da diretora, sem fazer spoiler, me pararam e me fizeram ter uma coisa meio mixed emotions que me assustou, mesmo.

Veja bem: eu sou babão pela Maryl Streep, e ela esnobando num papel que levanta certas indignações me fez ver, nela, a minha mãe. Ao mesmo tempo, admiração e raiva? Amor e ódio? Fiquei meio aturdido, e me perguntando se um dia na vida eu vou ver minha mãe chorando, fazendo uma confissão, num banquinho ao pé de uma árvore.
0 Responses